terça-feira, 19 de outubro de 2010

- vilã


Talvez não tenha sido a melhor escolha que fiz pra minha vida, nesse momento mas acho que se não tivesse feito, poderia estar sendo pior. O que incomoda é achar que vai acabar se tornando dependente, o que na verdade eu já acho que já está sendo. Mas que todo mal seja esse. E se não durar? Se um dia acordar e perceber que não sou exatamente aquilo e que não correspondo nenhum pouco com as suas expectativas? Espero que esse dia não chegue, ou que pelo menos demore já que anda me fazendo feliz e com vontade de sorrir com os olhos. Se for voltar lá pra onde tudo começou, poderia dizer que foi um começo de conto de fadas, mas aí que tá. Nunca me iludi com os finais felizes, muito menos que sempre tudo sempre dá certo. Eu anseio sempre pra fim, na hora em que vai dar tudo errado me planejo pra que consiga sair pelo menos, pouco machucada de todas as situações. Controlar. Essa é a palavra que me define por várias vezes e ocasiões. Quando se perde o controle de qualquer coisa que seja, parece que perdeu também suas forças, você acaba sendo previsível e todo mundo previsível, é chato. Então quer cada vez mais controlar e nunca ser controlada. Sua palavra é o que comanda e quando se vê vúlneravel a opinião alheia quer agir com uma fera. Pior ainda seria a opinião alheia ser bem mais aceita do que a sua... não, não isso seria irredutivelmente, fatal. Se fosse uma personagem de cinema, com certeza se encaixaria como a vilã. As mocinhas não ficam premeditando as coisas muito menos serão incisivas em uma conversa. Elas gostam de ser calmas, sutís e com arome de flores de campo (o que pra mim é a maior frescura) Enfim, como em todo longa, a vilã no final morre, é apedrejada, fica doida, explode em um helicóptero ou qualquer outro fim que deixe seus queridos telespectadores felizes com a crueldade que aconteceu.

Provavelmente me encaixo em um desses "FINS"

Mas a pergunta que sempre fica é: "Será que você também é uma vilã (ão) ??" Afinal, todo mundo
fica feliz com o fim da vilã , que de praxe sempre é um fim triste e desumano.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

- nunca fui


muito de ter pena de ninguém.
Acho sempre que todo mundo tem aquilo, não só porque tem que ter e tá no destino. E sim porque procurou aquilo.
Somos feitos de escolhas, e de conselhos também. Sou de ouvir muito os seus conselhos, mas não significa que eu irei fazer exatamente aquilo que me disse ou me basear pra não tentar me f* depois. Simplesmente irei fazer do jeito que eu queria fazer e que achava ser certo. Agradeço desde já por ter me dito qualquer coisa que fosse me ajudar, mas infelizmente ou felizmente é sa minha natureza, tentar ver sempre aquilo que quero... Mesmo se der errado e for uma coisa que quero muito eu persisto, se por sua vez não der certo de novo. É, fui convencida e passo pra outra meta. Não cotumo guardar nada pra mim. Nem os meus nem os SEUS segredos. Com quase toda certeza irei comentar com alguém sobre aquilo que você me disser e não precisa ficar espantado, a maioria é assim. A diferença é que não assume, se bobiar, até você mesmo é. Também sou de falar muito sobre mim, e quase sempre tenho uma história sobre aquilo que me contar. Não porque quero ser legal com você, é porque eu realmente tenho. Já passei por cada uma.. Não gosto de ser muito comum, apenas tenho essa ideia na cabeça, acho que as pessoas acabam não te dando o verdadeiro valor, posso tá aqui toda errada sobre o que penso mas afirmo e acredito de pés juntos por tudo. Do mesmo jeito que quero muito uma coisa as vezes eu desisto muito fácil, as vezes seu pequeno esforço consegue provocar um grande desestímulo em mim. Eu simplesmente paro. Gosto muito de escutar. Não, não é a minha voz nem os seus problemas, pq como disse, sempre tenho uma história sobre aquilo que me contar. Se não reparou isso em mim ainda, repare e vai ver que é a pura verdade. Mas enfim, gosto de escutá-la. Tudo que ela me diz já se tornou fundamental pra mim, é como se eu me alimentasse daquilo e cada dia espero por mais e mais, quero mais, sempre mais. Ela faz parte de mim e o que ela me diz, vem como ideias avulsas na minha cabeça e mesmo que eu ache besteira na hora, depois vejo que faz todo o sentido. Ela literalmente me mostra as coisas. Gosto muito te ter voz ativa, não suporto ser comandada e prefiro sim e assumo que gosto de liderença. Esse negócio de pedir muito a opinião dos outros e guardar as coisas pra si enquanto no seu mais íntimo está doido pra falar, não combina comigo. Ao mesmo tempo sou tímida. Odeio chegar em qualquer lugar e reparar que estão me olhando, não suporto ter que informar as horas na rua, detesto mais que qualquer coisa atravessar uma rua. Tenho compulsão por comprar coisas, não precisa que elas sejam caras, mas só o fato de estarem ali pra comprar, já me dão uma travada e as vezes fico sem o dinheiro pra voltar pra casa. Tô muito acostumada as minhas rotinas, eu quero muito e to decidida mudar. Começando pela casa; já não suporto mais ficar nessa minha casa, eu quero sair daqui o mais rápido possível. Sim, tem problemas com a família mas isso é normal todo mundo tem, a minha não é a melhor mas tb não chega a ser a pior. Tô dizendo em relação a casa mesmo, espaço, liberdade! Quero só pra mim. Ah, sou egoísta ao extremo e não me importo de dividir comida, mas por favor, não peça meu perfume emprestado a não ser que eu ofereça, ai sim vc aceita. Vou sair daqui morar em outra, com outra pessoa. Acho que vou tentar por um tempo. Enjoando eu volto pra cá. Ou seja, estaca zero. Sorte pra mim. (YN)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

- só por hoje


Porque viver no faz de contas, as vezes é bem mais satisfatório. Sem cobranças feitas por você mesmo, sem criar falsas esperanças, sem ter a ideia de que o que está ruim agora, não poderá piorar. Conseguir esquecer coisas boas, isso seria fundamental. As coisas ruins não se esquece mas pelo menos criamos, pra uma auto defesa, um bloqueio na mente e automaticamente a gente tenta não pensar... Mas e com as coisas boas e prazerosas de se lembrar? O que fazemos? Comigo torna-se impossível de esquecer, vem a todo tempo e associo a quase tudo. Mas voltando a história de faz de contas.. Ah eu queria! Como queria... Mas uma história de faz de contas que nunca chegasse ao fim, que eu pudesse conseguir tudo que fosse necessário sem ter que sofrer ou me preocupar, sem ter que ser usado como um 'fortificante para o aprendizado em consequencia de suas reencarnações'. Sem tem mesmo o FIM. Essa história de se arrepender de ter ou não feito qualquer coisa também seria bem interessante deixar de existir, o fato de sua felicidade interferir na das outras pessoas então.. É eu mundo do faz de contas seria exatamente assim, sem tirar nem pôr.

"Depois de muito tempo ele se vê deitado na sua antiga cama que ainda fazia os mesmos barulhos como se ela ainda estivesse lá, pronta e deitada com o rosto entre seu pescoço e ombro, dando a ele a sensação incrível do perfume de seus cabelos. Isso não acontece mais, ela se foi e eu acelerei o processo do Adeus, como eu queria voltar atrás... como eu queria fazer de tudo para que quando ela estivesse comigo se sentisse a mais feliz e realizada das mulheres.. Ou então deixe-me ser atrevido, como queria voltar mais atrás ainda onde eu nem sonhava em conhecê-la.. Talvez teria sido melhor, não tê-la conhecido. Não sentiria agora a falta do seu perfume, a falta de suas mãos macias, se seu lábios que pareciam feitos para mim, somente pra mim.. Ela era sim, perfeita... E confesso, esse era o meu maior medo."


E como sempre e para sempre o faz de contas acaba, ele não existe e cabe aos temíveis sonhadores aceitar isso.



mas eu não quero aceitar.