quinta-feira, 29 de julho de 2010

- só por hoje


Porque viver no faz de contas, as vezes é bem mais satisfatório. Sem cobranças feitas por você mesmo, sem criar falsas esperanças, sem ter a ideia de que o que está ruim agora, não poderá piorar. Conseguir esquecer coisas boas, isso seria fundamental. As coisas ruins não se esquece mas pelo menos criamos, pra uma auto defesa, um bloqueio na mente e automaticamente a gente tenta não pensar... Mas e com as coisas boas e prazerosas de se lembrar? O que fazemos? Comigo torna-se impossível de esquecer, vem a todo tempo e associo a quase tudo. Mas voltando a história de faz de contas.. Ah eu queria! Como queria... Mas uma história de faz de contas que nunca chegasse ao fim, que eu pudesse conseguir tudo que fosse necessário sem ter que sofrer ou me preocupar, sem ter que ser usado como um 'fortificante para o aprendizado em consequencia de suas reencarnações'. Sem tem mesmo o FIM. Essa história de se arrepender de ter ou não feito qualquer coisa também seria bem interessante deixar de existir, o fato de sua felicidade interferir na das outras pessoas então.. É eu mundo do faz de contas seria exatamente assim, sem tirar nem pôr.

"Depois de muito tempo ele se vê deitado na sua antiga cama que ainda fazia os mesmos barulhos como se ela ainda estivesse lá, pronta e deitada com o rosto entre seu pescoço e ombro, dando a ele a sensação incrível do perfume de seus cabelos. Isso não acontece mais, ela se foi e eu acelerei o processo do Adeus, como eu queria voltar atrás... como eu queria fazer de tudo para que quando ela estivesse comigo se sentisse a mais feliz e realizada das mulheres.. Ou então deixe-me ser atrevido, como queria voltar mais atrás ainda onde eu nem sonhava em conhecê-la.. Talvez teria sido melhor, não tê-la conhecido. Não sentiria agora a falta do seu perfume, a falta de suas mãos macias, se seu lábios que pareciam feitos para mim, somente pra mim.. Ela era sim, perfeita... E confesso, esse era o meu maior medo."


E como sempre e para sempre o faz de contas acaba, ele não existe e cabe aos temíveis sonhadores aceitar isso.



mas eu não quero aceitar.